Boa noite!
Mais uma
semana, mais um dia a fazer o que gosto, ou seja tirar fotografias, conversar
com a população e escrever, digo eu.
Hoje vou
falar do lugar de Carvalhosa
Este luga,
aquando da criação dos municípios de Agueira e de Brunhido, em 1614 e 1616,
ficou a pertencer metade ao município de Aguieira, a parte Poente, ea outra
parte ao município de Brunhido, a parte Nascente. Com a extinção destes dois
municípios em 1834 e a criação do concelho de Agueda, foi integrado neste
concelho, como toda a freguesia de Valongo do Vouga.
Em
documentos de 1758, relativamente ao lugar da Carvalhosa, consta o seguinte:
Carvalhoza,
tem onze casas com trinta e duas pessoas, com uma capela particular de
invocação de Nossa Senhora das Dores que fundou a pouco tempo e familiar de
Santo Oficio João Fonseca, juntas das casas em que vivia no dito lugar, quis
ficar no termo da Villa de Bronhido.
Em 14 de
Fevereiro de 1926, a Junta de Freguesia solicitou á Companhia de Caminhos de
Ferro do Vale do Vouga a criação de uma estação ou apeadeiro com despacho, á
passagem de nivél do lugar da Carvalhosa
ou proximidades, comprometendo-se a Junta a construir as estradas e acessos
necessário. Esta não se chegou a concretizar.
Em 12 de
Outubro de 1964, Jose Henriques da Silva residente no lugar, expôs á Junta de
Freguesia em nome do povo do lugar, para que a Junta cedesse um terreno
paroquial, para ser utilizado na construção de uma capela, pois que tencionavam
pedir á proprietária da capelinha da Senhora das Dores para aceder, por venda,
a imagem da Senhora e outros materiais
apropriados.
A Junta de
Freguesia decidiu satisfazer a pertensão e vai procurar legalizar a operação de
transferência do terreno preciso. Nessa data ficou estabelecido que a Junta
iria cobrar 50$00 pela transacção.
Porem este
processo não teve continuidade, pois nada se concretizou.
Uma das
principais casas agrícolas do lugar nos princípios do século xx, pertencia ao
casal Jose Henriques da Silva e mulher Augusta Gomes Vidal, já falecidos, ela
em 11de Junho de 1961 e ele em 6 de Maio de 1989.
Sucederam-lhe
seus filhos Florinda, Margarida, António e Maria.
O filho António enverdou pela carreia eclesiástica,
tendo sido ordenado sacerdote no dia 29 de Junho de 1951, com a celebração de
Missa na Igreja de Valongo do Vouga.
Exerceu as
suas funções de pároco nas Freguesias de Agueda, Csatanheira do Vouga, Bustos,
Salreu e Fermelã. Em 1993 abandonou tais funções devido ao agravamento de seu estado de saúde, retirando-se para
Fátima, onde esteve no lar Betania, Obra de Santa Zita,onde veio a falecer no
dia 24 de Maio de 2000, tendo sido
sepultado no cemitério de Valongo do Vouga.
Jose Henrique
da Silva fez parte da Junta de Freguesia, nos anos de 1951-1953.
Feita a
resenha histórica, vamos ao que encontrei, foi uma manhã gratificante, pois ao
contrário de outros lugares encontrei muitos habitantes e com vontade de falar
sobre aquilo que acham que se encontra mal.
Começo por
destacar o alargamento da estrada, pois esta estrada dá ligação á Aldeia e já
houve vários problemas com o transito, pois os famosos gps por vezes indicam
este caminho e camiões já por aqui estiveram com problemas de passagem e também
são um factor de obstrução ao desenvolvimento do lugar tanto a nível de
recuperação e construção de moradias e mesmo a nível de produção agrícola e
biológica.
Relativamente
aos lavadouros da Carvalhosa, encontrei-os em plena utilização no entanto com
muitas queixas, pois para terem água naquele dia foi um habitante que andou a
fazer a ligação da mesma pois ela vem a céu aberto segundo me contaram de ao pé
dos Pioneiros, também e corrigam-me se me enganaram o poder local foi
contactado para tratar da situação e nada, mas mesmo nada fez, no entanto os
mesmos encontram-se com bastante degradação e também me foi dito que existem
habitantes disponíveis para fazer a sua recuperação sendo essa informação já
transmitida ao poder local tendo o mesmo ser só responsável por os materiais,
mas que até á data não houve qualquer abertura para que a recuperação seja
efectuada.
Muitas
queixas, pois segundo conversa com a população tudo é muito lindo e são muitas
promessas quando se anda de porta em porta em campanha eleitoral e passado ano e meio nada mas mesmo nada foi
feito na Carvalhosa, desde a colocação de uns bancos onde se encontram uns
feitos pelas população e já bastante degradados e que servem de ponto de
encontro e descanso na época de mais calor e que foram prometidos em campanha,
desde a remoção ou espalhe de entulho ou restos de areia que facilitaria o
estacionamento de viaturas aos seus habitantes e que foi prometido fazer ainda
tudo continua na mesma.
Tambem
constatei que as árvores do parque de Santa Rita ao pé do apeadeiro estavam
podadas mas os excedentes ficaram no local dando um aspecto vergonhoso, assim
como o largo da capela que deveria estar muito melhor.
Tambem
bastante descontentamento com os eleitos locais que deveriam ter uma atitude
mais activa na luta de verem as promessas eleitorais serem cumpridas e não
acontece nada.
Será que
estão a fazer um bom trabalho em prol do seu lugar, responda quem souber.
Quem
conversou comigo pensa que não.
E mais não
digo…..
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