segunda-feira, 25 de março de 2019

O QUE EU PENSO....


Boa noite!
Mais uma semana, mais um dia a fazer o que gosto, ou seja tirar fotografias, conversar com a população e escrever, digo eu.
Hoje vou falar do lugar do Paço.
Este lugar só tomou o nome de povoação depois da residência aqui do Conde D.Pedro Afonso, onde assistia no ano de 1348, mas por períodos de pouca duração, devido á sua vida bastante movimentada.
Nos documentos históricos do ano de 1758 consta que o Paço, tem vinte e três casas com setenta e sete pessoas, quatro azenhas e se chama o Paço por ser este sitio em que estivéramos Paços de Dom Pedro Afonso, Conde de Barcelos, filho eligitimo do Rei Dom Diniz, em que residia no ano de mil trezentos e quarenta e oito, cujo tempo passava com o nome de Quinta de Brunhido, como se refere na História Genealógica da Caza Real Portuguesa.
Noutros documentos encontramos que há na Freguesia o lugar do Paço de Brunhido, que foi dos Duques de Lafões, mas era donatária a Coroa.
Estes bens foram doados por el-rei D. Diniz a seu filho infante D.Pedro, conde de Barcelos, o qual aqui residia em 1348. Hoje apenas resta o nome de Paço, que é um lugarejo ao pé de Arrancada.
Supõe-se que tal Paço era uma propriedade agora chamada Quinta da Povoa, hoje do Visconde de Aguieira; mas de semelhante Paço não existe o mínimo de vestígios
O Conde D.Pedro filho bastardo do Rei D.Diniz, nascera em 1280, na vila de Torres Vedras, duma relação do Rei com D. Engrácia Anes, uma jovem da nobreza, o Rei estimava deveras este filho e foi sua educadora a Raínha Santa Isabel, sua esposa.
D. Pedro Afonso viria a casar com D. Branca Peres de Sousa, filha de D.Pdro Anes Aboim de Portel e de D. Constança Mendes de Sousa, opulenta herdeira das duas maiores casas do reino.
No livro Preto- vol.l,p.193 consta:
“Esta dona branca foi casadacom d.on. pero que depois foi conde filho del Rey don donis de Portugal. E ouue dela hum filho e morreo esta dona branca ferez e depois moreo o filho e herdou o conde os seus bens.
E depois que lhe moreo esta lolher a dias casou com a condessa dona Maria Ximenez filha de dom pero coronel e de dona oraca artal natural daragon e nom ouuerom semel”
Em 1303, D.Pedrorecebia, por troca da ordem do hospital, os bens de sua mulher tinha em Eixo.
Em Maio de 1304, D.Pedro acompanha seu pai ea rainha a Aragão, onde D.Diniz se dirigia como árbitro das contendas entre Castela e aquele estado. Primeiro na brilhante reunião de Tara çona, depois na conferencia de Agrela, os dotes físicos e espirituais de D.Pedro Afonso causaram a maior admiração. Era já de elevadíssima estatura e um poeta inspirado.
Depois veio a contrair novo matrimónio com D. Maria Ximenes Coronel, filha de Pero Coronel e de D.Urraca Artal, naturais de Aragão.
Este casamento viria a revelar-se infeliz, pelas manifestas incompatibilidades de génios entre os esposos.
Em 1307, é nomeado mordomo da casa da InfantaD. Beatriz, a nova herdeira da Coroa, que viera criança para Portugal em cumprimento do tratado de Alcanices.
Em 1314, D. Pedro é feito Conde de Barcelos.
Após a morte de seu pai, o Conde D.Pedro passou a viver na Beira, ora nos Paços de Brunhido, ora nos Paços de Lalim, Concelho de Tarouca, aqui com uma natureza mimosa e selvática, grata ao seu espírito de poeta e caçador, com caçadas ao urso,ao porco,e ao veado. Estas actividades serviam para distrair os seus desgostos, pelo abandono da sua esposa D.Maria Ximenez.
É certo que uma jovem de Toledo ali vivia com ele, em não disfarçado concubinato. É D.Teresa Anes, que a si própria se qualifica de criada de D.Afonso lve de D.Beatriz. Deve-se por isso crer-se que viera muito nova para a casa de D.Beatriz, criança com ela a quem devia acompanhar.
D.Perdro conhecia desde que era o governador da casa de D.Beatriz e feita uma mulher, decerto formosa e aliciante, logrou atraí-la a si. A partir daí sempre a teve consigo, é sem duvida ela a sua principal inspiradora, e com toda a certeza acausa da sua desarmonia conjugal com sua esposa.
Devido a vida pouco regrada de D.Pedro, seu pai retirou-lhe todos os cargos e bens, obrigando-o a exilar-se em Castela, falho de recursos, alguns dos seus cavaleiros conservaram-se fieis nesta desgraçae acompanharam-no. Em meados do ano de 1321, decorridos três anos dos seu desterro, D. Pedro  acedeu a um convite de seu irmão, o infante D.Pedro, para regressar a Portugal.
Em 1347, para possibilitar a venda das herdades possuídas em comum com sua esposa D.M aria Ximenes, D.Pedro por seu procurador, pois não se ausentara dos Paços de Brunhido e de Lalim, declara fazer á Condessa dos bens possuídos por ambos em Aragão, pátria de D.Maria Ximenes e ela, por seu turno, declara doar ao Conde os bens que ambos possuíam em Portugal.
D.Pedro, devido á sua vida desregada e bastante gastadora , endividou-se junto de sua companheira D.Teresa Anes, então assistente na quinta de Brunhido, que viera ás mãos do Conde D.P erdro por doação havia alguns anos, feita por Martin Espiunça e sua mulher D.Urraca Esteves.
Para conseguir pagar a D.Teresa 100.000 libras, deu-lhe a Quinta da Azoia e as casas de Lisboa, além de outros bens.
E,m 1348, D.Teresa encontrava-se em S.Vicente da Beira, na casa de D.Pedro, ao que parece bastante doente e fez um testamento, em que ordena que se construa uma hospital em Lisboa, deixando D.Pedro por administrador desse hospital, com a recomendação de a mandar sepultar onde for vontade dele. Viria a falecer em Agosto de 1351 e foi sepultada na igreja de S.João de Tarouca.
O conde D.Pedro era particularmente opulento em bens na região de Lamego, era ainda senhor de Taroucas e seu termo, com Lazarim, teve as honras de Mões, Moledo e Lamas em riba do Vouga, os coutos de Ois, Eixo, Brunhido, Requeixo, etc, na vila do Tamega, as honras ou coutos de Paços de Gaiolo e muitos mais.
Faleceu no ano de 1354. Jaz em S.João de Tarouca na Ordem de Cister, onde tem magnifica sepultura levantada em tumulo de mármore, ao lado esquerdo do coro no qual se vê uma grande estatura deitada, que mostra ser do Conde, com cabelo solto, barba larga, que estende até ao peito, as mãos juntas, e por entre elas desce um cordão com alguns nós, com sua borla e espada.
Dos seus paços em Lalim nada resta, assim como dos paços neste lugar.
Das indigações que fizeram junto de pessoas idosas do lugar do Paço, obteram a informação que a casa onde viveu o Conde D.Pedro, teria sido, há muito destruída por um incêndio. Nesse local existe hoje uma casa de habitação pertencente a João Arede.
Depois desta parte e da riquíssima história deste lugar, vou debruçar-me sobre a actualidade e das constatações factuais do mesmo.
Começo por constatar o degradante estado da estrada relativamente ao piso desde a entrada do lugar até ao cimo das chamadas picadas.
A vergonha da Rua da Balboa sem alcatrão, os proprietários  deram os terrenos para alargar a mesma e  continua tudo na mesma,promessa eleitoral por cumprir.
Um fontenário com bomba antiga, lindo em total abandono e em estado de degradação, deplorável, urgente a sua recuperação.
Contentores de recolha de lixo em falta nas picadas e os existentes sempre cheios.
Para quando a recuperação do Trilho das Levadas, um trilho com 7,5 km que dignificava e atraía centemas posso mesmo dizer milhares de visitantes e que passava por o interior do Paço.
Não seria um investimento muito elevado e vinha a ser uma mais valia na divulgação da rota dos moinhos e levadas e a projecção como exlibris do parque de lazer da Garganta, assim como a divulgação da Freguesia como destino deste desporto em expansão a nível nacional.
Para quando o fim de aplicação abusiva de ervicidas, neste caso com os cursos de água existentes e a sua punível contaminação.
Recuperação da vala de transporte de água e por os moinhos existentes a funcionar e torná-los pontos de interesse histórico e turístico, fazendo da Vila de Valongo do Vouga um destino obrigatório na rota dos moinhos, aproveitando o já famoso comboio histórico com uma paragem na Freguesia.
Só assim recuperando e preservando Valongo do Vouga acompanha o ritmo das outras Freguesias, mas para isso acontecer tem de haver, gosto, vontade, ambição e querer uma Vila cada vez mais atractiva e melhor.
E mais não digo…..


segunda-feira, 18 de março de 2019

O QUE EU PENSO......


Boa noite!
Mais uma semana, mais um dia a fazer o que gosto, ou seja tirar fotografias, conversar com a população e escrever, digo eu.
Hoje vou falar do lugar de Crestêlo o actual Toural.
Este lugar será um dos mais antigos da Freguesia de Valongo do Vouga.
Castrelo ou Crastelo, hoje simples situs, local em frente de Lanheses e conhecido por Toural, foi pequeno castro ou castelo, mais provavelmente uma atalaia do Marnel. Dizemos assim mas lembramos que apesar de muito perto, os povos não se davam, não eram unidos.
Foi um mal da Lusitania, aparece mencionado em 1050, num documento de Gonçalves Viegas, no século xvll, em que mantinha o povoado, mencionado no registo paroquial e tem, no elemento castro, ou seja povoação fortificadaou castelo, o ter sidoum forte celta ou pré-latino no activo nos 500 anos antes de Cristo, até á chegada dos latinos.
Tenha-se presente que castelo é diminutivo de castro e é precisamente este caso: castrelo, castro pequeno, castelo.
Em Recordações do Marnel encontramos o seguinte:
O Crestelo: A sudeste do Cabeço do Vouga, em duro e pronunciado esporão, formando socalco a meio da lombada do monte do Toural, deve ter pousado outrora a edificação que constituiu certamente dependência do castro de Cabeço do Vouga. Ao local conserva-se , em nossos dias, o topónimo Crestelo e foi povoação no finalizar do século xvll.
No mesmo documento também se fala em Cavalarias, uma em Crestelo, não referindo o nome do proprietário onerado, continua referindo, estivemos no esporão do Crestelo, percorremos as terras e os pinhais circunvizinhos e de luso ou luso romanos, nada absolutamente nada encontramos. No socalco apenas colhemos um pedacito de telha nacional, que pela espessura, nos pareceu indicar  fabrico de alguns séculos. E para terminar continua dizendo: Uma das vezes que por ali andamos, deparou-se-nos um velho conhecido, que logo perguntando no sentido da nossa pesquisa,respondeu: O Crestelo é aí, e apontou-nos o esporão e a seguir acrescentou: Dizem que era dali que davam fogo para o Cabeço do Vouga.
Por tudo om que foi dito e pelo conhecimento do nosso historiador, não existindo no situs a mais pequena indicação da existência de construções e atendendo que o esporão a que se refere é um pouco mais abaixo do que o monte onde se situa o lugar do Toural, locais quase juntos, estamos em crer que o antigo Crestelo não é mais que o actual lugar do Toural.
Este lugar situa-se do lado sul do Cabeço do Vouga, mesmo em frente, apenas os separando o campo ou a chamada pateira da Boca, banhada pelo rio Marnel.
De acordo com os registos paroquiais no ano de 1621 verificamos que ali faleceu Violanda Alvares, viúva, e no ano de 1628 faleceu Catarina Marques, esposa de Domingos Martins.
Á nos registos do ano de 1721, verifica-se que na relação dos lugares da Freguesia já não consta Crestelo, mas sim o lugar do Toyral.
Depois desta pequena passagem sobre a história deste lugar, podemos dizer depois desta passagem por o mesmo, que é um lugar com algum desenvolvimento e lindas construções, tem uma parte nova e um parte menos nova e que não tem existido a devida recuperação de algumas moradias, construindo-se novo na parte sul.
Constatei com a colaboração de algumas moradoras que com muito desagradado das mesmas existe um lavadouro que a todos envergonha, tal é o seu estado de degradação e abandono, pois existe muita água a correr no local, mas é de todo impossível a sua utilização e segundo relatos da população muita falta faz.
Deveria haver por parte do poder local mais atenção a estas situações, pois por vezes não é o muito dinheiro gasto que inviabiliza a sua recuperação, mas sim o bem estar e criar as condições para a população do lugar utilizar e depois eles próprios preservarem.
Algumas moradias á venda para recuperar e também terrenos para construção o que mostra o potencial de desenvolvimento do lugar.
O resto mais do mesmo, bermas e valetas por limpar,utilizando de uma forma excessiva os ervicidas, contentores cheios e com lixo amontoado ao lado, algum com sinais de algum tempo, o que mostra também uma falta de profissionalismo de quem faz a recolha pois o mesmo está dentro de um big-bag.
Um lugar com este legado histórico merece da parte do poder local e camarário uma maior atenção.
E mais não digo……

quarta-feira, 13 de março de 2019

O QUE EU PENSO.....


Boa noite!
Mais uma semana, mais um dia a fazer o que gosto, ou seja tirar fotografias, conversar com a população e escrever, digo eu.
Hoje vou falar do lugar de Carvalhosa
Este luga, aquando da criação dos municípios de Agueira e de Brunhido, em 1614 e 1616, ficou a pertencer metade ao município de Aguieira, a parte Poente, ea outra parte ao município de Brunhido, a parte Nascente. Com a extinção destes dois municípios em 1834 e a criação do concelho de Agueda, foi integrado neste concelho, como toda a freguesia de Valongo do Vouga.
Em documentos de 1758, relativamente ao lugar da Carvalhosa, consta o seguinte:
Carvalhoza, tem onze casas com trinta e duas pessoas, com uma capela particular de invocação de Nossa Senhora das Dores que fundou a pouco tempo e familiar de Santo Oficio João Fonseca, juntas das casas em que vivia no dito lugar, quis ficar no termo da Villa de Bronhido.
Em 14 de Fevereiro de 1926, a Junta de Freguesia solicitou á Companhia de Caminhos de Ferro do Vale do Vouga a criação de uma estação ou apeadeiro com despacho, á passagem de nivél  do lugar da Carvalhosa ou proximidades, comprometendo-se a Junta a construir as estradas e acessos necessário. Esta não se chegou a concretizar.
Em 12 de Outubro de 1964, Jose Henriques da Silva residente no lugar, expôs á Junta de Freguesia em nome do povo do lugar, para que a Junta cedesse um terreno paroquial, para ser utilizado na construção de uma capela, pois que tencionavam pedir á proprietária da capelinha da Senhora das Dores para aceder, por venda, a imagem  da Senhora e outros materiais apropriados.
A Junta de Freguesia decidiu satisfazer a pertensão e vai procurar legalizar a operação de transferência do terreno preciso. Nessa data ficou estabelecido que a Junta iria cobrar 50$00 pela transacção.
Porem este processo não teve continuidade, pois nada se concretizou.
Uma das principais casas agrícolas do lugar nos princípios do século xx, pertencia ao casal Jose Henriques da Silva e mulher Augusta Gomes Vidal, já falecidos, ela em 11de Junho de 1961 e ele em 6 de Maio de 1989.
Sucederam-lhe seus filhos Florinda, Margarida, António e Maria.
O filho  António enverdou pela carreia eclesiástica, tendo sido ordenado sacerdote no dia 29 de Junho de 1951, com a celebração de Missa na Igreja de Valongo do Vouga.
Exerceu as suas funções de pároco nas Freguesias de Agueda, Csatanheira do Vouga, Bustos, Salreu e Fermelã. Em 1993 abandonou tais funções devido ao agravamento  de seu estado de saúde, retirando-se para Fátima, onde esteve no lar Betania, Obra de Santa Zita,onde veio a falecer no dia 24 de Maio de 2000, tendo sido  sepultado no cemitério de Valongo do Vouga.
Jose Henrique da Silva fez parte da Junta de Freguesia, nos anos de 1951-1953.
Feita a resenha histórica, vamos ao que encontrei, foi uma manhã gratificante, pois ao contrário de outros lugares encontrei muitos habitantes e com vontade de falar sobre aquilo que acham que se encontra mal.
Começo por destacar o alargamento da estrada, pois esta estrada dá ligação á Aldeia e já houve vários problemas com o transito, pois os famosos gps por vezes indicam este caminho e camiões já por aqui estiveram com problemas de passagem e também são um factor de obstrução ao desenvolvimento do lugar tanto a nível de recuperação e construção de moradias e mesmo a nível de produção agrícola e biológica.
Relativamente aos lavadouros da Carvalhosa, encontrei-os em plena utilização no entanto com muitas queixas, pois para terem água naquele dia foi um habitante que andou a fazer a ligação da mesma pois ela vem a céu aberto segundo me contaram de ao pé dos Pioneiros, também e corrigam-me se me enganaram o poder local foi contactado para tratar da situação e nada, mas mesmo nada fez, no entanto os mesmos encontram-se com bastante degradação e também me foi dito que existem habitantes disponíveis para fazer a sua recuperação sendo essa informação já transmitida ao poder local tendo o mesmo ser só responsável por os materiais, mas que até á data não houve qualquer abertura para que a recuperação seja efectuada.
Muitas queixas, pois segundo conversa com a população tudo é muito lindo e são muitas promessas quando se anda de porta em porta em campanha eleitoral  e passado ano e meio nada mas mesmo nada foi feito na Carvalhosa, desde a colocação de uns bancos onde se encontram uns feitos pelas população e já bastante degradados e que servem de ponto de encontro e descanso na época de mais calor e que foram prometidos em campanha, desde a remoção ou espalhe de entulho ou restos de areia que facilitaria o estacionamento de viaturas aos seus habitantes e que foi prometido fazer ainda tudo continua na mesma.
Tambem constatei que as árvores do parque de Santa Rita ao pé do apeadeiro estavam podadas mas os excedentes ficaram no local dando um aspecto vergonhoso, assim como o largo da capela que deveria estar muito melhor.
Tambem bastante descontentamento com os eleitos locais que deveriam ter uma atitude mais activa na luta de verem as promessas eleitorais serem cumpridas e não acontece nada.
Será que estão a fazer um bom trabalho em prol do seu lugar, responda quem souber.
Quem conversou comigo pensa que não.
E mais não digo…..                                                    

segunda-feira, 11 de março de 2019

O QUE EU PENSO......


Boa noite!
Mais uma semana, mais um dia a fazer o que gosto, ou seja tirar fotografias, conversar com a população e escrever, digo eu.
Hoje vou falar do lugar de Carvalhal da Portela.
Em termos históricos, pouco há a referir quanto a este lugar.
Nos estudos intitulados, Cabeço do Vouga, encontramos o seguinte, que nos dá uma ideia da sua origem:
E assim chegamos a uma plêiade de investigadores locais, verdadeiramente notáveis para a época em que trabalharam, vejamos três deles: Da identificação da VACCA com Vouga em 10 de Setembro de 1870 escrevia um artigo em que discutia « A AEMINIUM DOS ROMANOS» Ali está Vouga, a antiga cidade de VACCA dos Romanos, que está no mesmo caso, mas que ainda poderia opor argumentos plausíveis a quem lhe contestasse a identidade. Poderia opor que sempre gozou a categoria de Villa, e que ainda nos princípios da nossa monarchia era capital de um extenso concelho que foi sucessivamente desmembrado, principalmente no tempo de nosso Rey D.Fernando l.
Poderia opor que pelos mesmos tempos era ainda um dos Arcedya(al) os dos Bispado de Coimbra. Poderia opor o nome de Carvalhal da Portela que ainda hoje tem um pequeno burgo que lhe fica a nascente; porque significando a palavra Portella porta pequena, mostra que houve alguma por aquele lado  nos muros da antiga cidade de que ficou o nome de Portela do lugar.
No livro Municipio de Águeda consta o seguinte:
O Carvalhal da Portela, a que já nos  referimos, por causa  do Castro do Marnel, ou outro, por significar Portela, o caminho do Castro tem a sua capela dedicada a S. Marcos, imagem corrente, de pedra do século xvll.
Tambem nos escritos Recordações do Marnel, diz o seguinte:
A velha vala do Marnel corria junto á falda do Cabeço do Vouga, assim o comprova o seguinte trecho: vira  a medição para Sul atravessando huma vala Larga  por onde corre a maior parte de agoa do Rio cuja vala hera antiguamente a estrada e serventia de carro que hia do Carvalhal da Portela pela porta de Maria Adelaide da Boca para o campo e Ponte do Marnel, calçada que a gente de Lamas afirma encontrar-se ainda no fundo da referida vala velha, e representará o restante do primeiro trecho da passada via romana para a Beira.
Uma das principais casas agrícolas deste lugar, nos fins do século xlx e princípios do século xx, pertencia  a Joaquim da Fonseca Morais e Josefa Rosa da Silva Morais, ele faleceu  em 16 de Dezembro de 1947.
Sucederam-lhe na herança sua filha Maria da Silva Morais que casou com Joaquim Ferreira Rachinhas, do lugar de Agueira. Ele faleceu em 6 de Outubro de 1958, e ela em 12 de Dezembro de 1997, tendo-lhe sucedido quatro filhos: Nelson, António, Maria de Lourdes e José Morais Rachinhas.
Finda a resenha histórica o que é que encontramos em Carvalhal da Portela.
Um lugar com duas partes completamente distintas, uma parte nova e uma parte velha.
A parte nova foi cescendo a norte da estrada principal com magníficas moradias e que também acontece a sul mas com menos incidência.
Um largo e jardim da capela de Sº Marcos completamente abandonado, um lavadouro sem água e completamente abandonado e segundo conversa com habitante local tanta falta faz.
Fontenários sem água, muitas caixas ou sargetas como se costumam chamar sem protecção, potenciais pontos de acidentes, na estrada de saída em direcção a Vouga na zona da vacaria com o corte das árvores continua sem protecção alguma.
Na saída da ponte quem vem de Vouga logo ao findar o resguardo o alcatrão está a cair e já se encontra um desnível que deve ser reparado ou sinalizado, pois pode causar algum acidente.
Encontrei algumas situações de falta de alcatrão em estradas ou caminhos para casas, algumas com bastante movimento de viaturas.
E não queria falar no corte do lugar, mas acontece que o cenário é degradante, enquanto que numa parte de Carvalhal temos progresso noutra parte e logo a seguir ao corte da linha o cenário parece de outro mundo tal é a degradação com casas abandonadas e a cair, pois o corte da passagem inviavilizou o progresso.
Eu sei que a situação vem de á muitos anos atrás foi do tempo de outra cor partidária tanto na Camara Municipal com da Junta de Freguesia e eu pergunto:
Como é possível serem tomadas estas decisões, como é possível cortar as pernas ao desenvolvimento e ao progresso a este lugar, quais os objectivos e que contrapartidas obtidas?
Responda quem souber, uma coisa todos somos hunanimes, quem ficou a perder foi o lugar e os grandes prejudicados foram os seus habitantes, não o poder de Agueda e também não houve por parte do poder local da altura uma tomada de posição na defesa dos seus eleitores.
Hoje temos uma situação complicada de resolver que este executivo, segundo sei está na luta por devolver á população o que nunca deveriam ter deixado tirar.
O resto mais do mesmo, contentores cheios, bermas e valetas por limpar e constatei também e fui chamado á atenção por habitantes para um grupo de cães vadios que precisam urgentemente de serem recolhidos pois já causaram alguns problemas e são um perigo para a saúde publica.
Acabei por encontrar e constatar que existem terrenos com muitíssima qualidade pois a maior couve do Distrito encontra-se em Carvalhal da Portela.
E aproveitem com a família ou amigos a ir tomar um café, almoçar ou jantar no café restaurante existente, tive a oportunidade de o fazer e recomendo.
Voltatrei em breve.
E mais não digo……