O QUE EU PENSO....

Boa noite.

Hoje não me apetecia escrever mas tem de ser….

Não hoje não vou dar uma opinião, hoje vou falar de quase vinte e três anos de história.

No dia 16 de Outubro de 1997 nasceu oficialmente a ACRAR.

Nesse dia eu e mais onze amigos deslocarmo-nos a Albergaria-a-Velha para fazer o registo desta menina.

Fui o primeiro vice-presidente da direcção, não fazendo parte de mais nenhum órgão até 2005 onde me candidatei e cumpri cinco mandatos, estive á frente dos destinos desta menina dez anos.

Nestes dez anos tivemos altos e baixos mas conseguimos sempre cumprir com os objectivos e projectamos a ACRAR por todos os cantos do mundo, com uma página no facebook e com várias publicações no blogue «Póvoas de Valongo do Vouga» a nível nacional filiamo-nos na Confederação Nacional das Colectividades de Cultural e Recreio, fomos fundadores da Federação das Colectividades do Distrito de Aveiro e fizemos parte dos primeiros Órgãos Social da Federação com a presidência do Conselho Fiscal.

Praticamente todas as semanas a ACRAR estava nos semanários regionais tal era o numero de actividades que realizava, mas e á sempre um mas também não era só por as coisas boas, também existiram coisas menos boas, jantares de aniversário onde a Câmara Municipal nos faltou ao respeito e não se fez representar, onde os Órgãos Sociais da ACRAR, Assembleia Geral e Conselho Fiscal não se fizeram representar, eleições onde não nos candidatamos e a lista eleita não tomou posse, de tudo nos aconteceu, mas também tivemos grandes eventos com salas cheias o que nos enchia de satisfação e orgulho.

Claro que durante estes dez anos tive sempre a trabalhar comigo, grandes equipas que tiveram muita paciência para me aturar, mas sem desprezar ninguém existe um que eu sempre quis ter como meu braço direito e a quem eu devo muito e que nunca me abandonou, estou a falar de António Gomes.

Claro que tinha que ter um fim o meu reinado, mas continuei nos Órgãos Sociais e desempenhei o cargo de Secretário da Assembleia Geral.

Como eu sempre lutei para que esta casa não fecha-se as portas nestas últimas eleições quando se estava a cair num vazio directivo, mais uma vez eu reúno amigos e convido-os a formarmos uma lista aos Órgãos Sociais para mais um mandato e assumo o cargo de Secretário da Direcção.

Desde 2005 até seis de Maio de 2018 dei a cara, andei de porta em porta a pedir materiais, patrocínios para eventos, já existem sítios onde quando eu chego a primeira coisa que me dizem é «o que é que você vem pedir hoje, o que é que falta na ACRAR»

Sempre fui vem recebido e ganhei a confiança e o respeito de todos, felizmente não preciso da ACRAR para me promover nem socialmente nem pessoalmente, quero ter uma vida calma e livre, quero dedicar-me mais á minha família e a outros projectos e nesse sentido dou por encerrado a minha ligação directiva com esta Associação a quem eu chamo carinhosamente «a minha menina»

No entanto tenho algumas certezas e algumas perguntas que até  eu tenho dificuldade em  responder:

Será que valeu o esforço e a dedicação durante estes anos?

Claro que valeu da minha parte fazia tudo novamente igual, digo ainda, que provavelmente teria ido mais longe, pois sempre tive a visão que a história fica e as pessoas passam.

No entanto fica a magoa depois de tanto trabalho o que é que resta actualmente?

Não devo ser eu a responder, mas tenho a minha opinião factual.

Aonde andam os verdadeiros amigos da Redonda?

Pois responda quem souber, eu não sei, a única coisa que eu sei é que eu não sendo natural da Redonda com a minha esposa dizemos e temo-lo demonstrado que somos verdadeiros amigos da Redonda.

E por fim digam-me afinal qual é o futuro da ACRAR?

Naturalmente que uma instituição com este historial não pode nem deve acabar, no entanto tenho a noção que com este andamento caminha a grande velocidade para o fim, claro que existe gente com poder e conhecimento para inverter a situação, não é uma situação fácil, mas ainda está a tempo de se tornar novamente uma referencia no associativismo Valonguense.

Vamos aguardar por o desenrolar dos acontecimentos e esperar que tudo corra de maneira a voltar á normalidade e a normalidade é uma ACRAR forte e duradoura.

E mais não digo……